Autonomia infantil, possibilidades e dificuldades: uma missão (im)possível?
Ao longo dos últimos anos observa-se que os pais começam a se preocupar cada vez mais cedo com o futuro dos filhos. A antiga segurança de que o diploma universitário garante um bom emprego já não existe. Pesquisas mostram que muitos brasileiros trabalham em profissões diferentes daquelas em que se formaram. Sabemos também que “do dia para a noite” surgem novas ocupações, enquanto outras ficam obsoletas.
Nesse cenário, vemos que a boa formação acadêmica é um passe de entrada e que a conquista de um lugar exige competências ligadas a questões comportamentais, como a habilidade de lidar com o inesperado, a autonomia e a capacidade de agir com culturas e pessoas diferentes. E sabemos que os grandes diferenciais hoje, atitude e caráter, são desenvolvidos desde a primeira infância, quando escola e família podem e devem ajudar, cabendo a ambas um papel determinante. Para refletirmos neste espaço, selecionamos algumas competências e habilidades, que podem contribuir na formação de indivíduos bem integrados à sociedade e acima de tudo felizes.
Respeito ao próximo – conviver, lidar e respeitar pessoas de outras culturas, estilos, valores e crenças é indispensável no mundo atual. Na primeira infância, estabelecer limites claros e fazer com que a criança os cumpra; mostrar a importância de se respeitar regras, como horários e uso do uniforme; perceber os códigos sociais de cada situação, como adotar postura e roupa adequadas a cada momento; desenvolver empatia pelas necessidades e valores das outras pessoas, são capacidades que podem ser desenvolvidas desde bem cedo na criança.
Iniciativa
A criança precisa de oportunidades para aprender a tornar-se independente e buscar soluções para os problemas. A família e a escola podem, e devem oferecer apoio, mas resistir à tentação de resolver tudo no lugar dela.
Ética
As próximas gerações precisarão adotar posturas íntegras em relação a trabalho, colegas, parceiros. Devemos passar às crianças, que o famoso “jeitinho” pode comprometer a imagem das pessoas. A sustentabilidade, outro tema do mundo atual, implica em ser ambientalmente correto e socialmente justo. Atitudes como não querer tirar vantagens e reciclar materiais, por exemplo, podem ser estimuladas desde cedo. Valores claros em casa e na escola contribuem para consolidar atitudes éticas. Famílias que não respeitam o semáforo, jogam o lixo pela janela do carro, desperdiçam água e energia, não podem esperar que a criança tenha atitudes corretas. Os exemplos começam em casa e na escola.
Autoestima
A convicção de ter um papel ativo no mundo e a confiança na própria capacidade caracterizam a autoestima, que favorece a coragem necessária para levar adiante qualquer projeto. Isso não pode ser confundido com “ego supervalorizado”, de quem se acha capaz de tudo. Atitudes construtivas com o ambiente (na escola e em casa), fazem com que as crianças sintam-se úteis e importantes. Para isso, devemos incentivá-las a participar socialmente e a terem posturas positivas diante dos fatos cotidianos. Na hora de fazer uma crítica, procurar condenar o comportamento e não a pessoa, é uma atitude que ajuda nesse sentido.
Maturidade
Ajuda a desenvolver responsabilidade, disciplina e integridade. Encarregar as crianças de ajudar nas tarefas domésticas e cobrá-las; diante de pedidos fúteis, deixar clara a diferença entre “querer” e “precisar”; exigir que a criança peça desculpas quando agir de forma inadequada, são algumas das atitudes dos adultos que ajudam a criança a tomar consciência das possíveis consequências de seus atos.
Controle
Em tempos de competição acirrada, quem respeita os próprios limites e aprende a relaxar na hora certa, tem maior serenidade para fazer boas escolhas, eleger metas e prioridades, lidar com fatos novos. Portanto, não devemos sobrecarregar as crianças com excesso de tarefas. Estabelecer uma rotina que equilibre responsabilidade e descanso, evita desgastes desnecessários.
Consumo
Ninguém nasce consumista. O consumismo é uma ideologia, um hábito mental forjado que se tornou umas das características culturais mais marcantes da sociedade atual. Não importa o gênero, a faixa etária, a nacionalidade, a crença ou o poder aquisitivo. Hoje, todos impactados pelas mídias de massa são estimulados a consumir inconsequentemente. As crianças, ainda em pleno desenvolvimento, portanto, mais vulneráveis que os adultos, não ficam fora dessa lógica e infelizmente sofrem cada vez mais cedo com as graves consequências relacionadas aos excessos do consumismo: obesidade infantil, erotização precoce, consumo precoce de tabaco e álcool, estresse familiar, banalização da agressividade e violência, entre outras. Nesse sentido, o consumismo infantil é uma questão urgente, de extrema importância e interesse geral.
Acreditamos que as colocações acima são um ótimo pretexto para uma reflexão de famílias e professores sobre o que queremos para nossas crianças.
Com alegria e esperança
Regina e Renata
FORMAÇÃO CONTINUADA DAS PROFESSORAS
- Grupos de formação – leitura e discussão de textos; discussão de casos de alunos; orientação de projetos pela Coordenação Pedagógica e Direção
- PEDAGOGIA DA COOPERAÇÃO E JOGOS COOPERATIVOS
DESEJAMOS A TODAS AS MÃES DA NOSSA ESCOLA UM DIA FELIZ E UM FUTURO COM MUITA ALEGRIA E ESPERANÇA
AGENDA DE MAIO
01 – Feriado
13 – Sábado letivo – Dia das mães*
16 – Passeio Infantil 5 – tarde*
18 – Passeio Infantil 5 – manhã *
26 – Aniversários do mês
AGENDA DE JUNHO (sujeita a alterações)
01 – Comemoração interna dos 78 anos do Jardim de Infância
08 – Feriado
09 – Recesso
19, 20 e 21 – reunião semestral com as famílias*
22 e 23 – ensaio da Festa Junina*
24 – Sábado letivo – Festa junina*
28 – Comemoração Junina dos aniversários de junho/julho * e último dia de aulas
29 – Início das férias
31/07 – INÍCIO DO SEGUNDO SEMESTRE
*seguirão mais informações pelo Aplicativo.
Regina Delduque
Diretora- Orientadora
Renata Martins Costa
Coordenadora Pedagógica
Vera Maria Patriani Marinho Gozzo
Diretora Cultural