A piscina do Botafogo, no Rio de Janeiro, foi o local escolhido para a final do principal campeonato nacional de polo aquático, a Liga PAB. As disputas, que começaram em meados de março/abril de 2018, foram acontecendo ao longo do ano e chegaram a final no último domingo com o Pinheiros sagrando-se campeão com a equipe masculina e garantindo o terceiro lugar com o time feminino.
As disputas finais começaram na quarta-feira (5), com as meninas sendo as primeiras a caírem na piscina. Em uma sequência de três vitórias em três jogos, elas garantiram vaga na semifinal, em que enfrentaram o Flamengo, mas foram superadas por um ponto (6×5). As pinheirenses disputaram o terceiro lugar contra a Associação Bauruense de Desportos Aquáticos (ABDA), ganhando de 14×4 e ficaram com o bronze.
Já a equipe masculina fez sua estreia nos playoffs em grande estilo, com uma larga vantagem no placar (19×2) contra a equipe do Paineiras. Na sequência, passou pelo Clube Atlético Paulistano, vencendo de 13×5 e foi para o confronto final, conta o Sesi, onde marcou 11×5, conquistando assim o título da Liga Nacional de Polo Aquático.
O resultado é fruto de um trabalho desenvolvido pelo Clube, onde a modalidade, ainda pouco tradicional no País, é cada vez mais difundida entre seus associados, desde as categorias de base até o alto rendimento. O time pinheirense, composto por cerca de 80% por associados, é uma prova de que a popularidade do polo aquático no Clube vem crescendo anos após anos e ganhando novos adeptos. Nomes como Gustavo Guimarães (Grummy) e Ricardo Guimarães, netos de João Gonçalves, grande nome do esporte brasileiro; Rafael Vergara, filho de Leo Vergara, outro ex-atleta de destaque; o jovem Bruno Chiappini, que além de ser irmão de uma das melhores jogadoras da atualidade, Izabella Chiappini, é filho de Roberto Chiappini, que comanda não só a equipe do Pinheiros, mas também marca presença nas comissões técnicas nacionais, são exemplos da tradição do esporte no Clube.
Em busca de aperfeiçoamento, muitos atletas do Pinheiros estão atuando em times estrangeiros, principalmente na Europa, onde o esporte tem ligas mais fortes e bem disputadas. Para as finais a equipe contou com reforços destes jogadores, que vieram especialmente para os playoffs da Liga PAB: Gustavo Guimarães, Izabella Chiappini, Melani Dias e Marina Zablith.
“Intercâmbio é a chave do negócio. Hoje já temos jogadores estrangeiros vindo para os times do Brasil, é o caso do nosso goleiro o Egon, que é croata, vejo isso de forma bem positiva. A ida de brasileiros para jogar na Europa também ajuda bastante. Para o polo aquático do nosso país continuar crescendo, além do investimento e de mais visibilidade, precisamos de mais informações. Então todo exercício novo, novo fundamento que eu aprendo jogando com outros times lá, tento passar um pouquinho para a equipe quando venho para o Brasil”, afirma Grummy.
Com uma equipe bem mesclada, de atletas mais experientes e meninas que estão começando a conquistar seu espaço dentro do polo, o time feminino também recebe esta troca de experiência diariamente. Diana Abla, que tem o polo no DNA e atualmente é uma das veteranas do time, ressalta este compromisso de “guiar” as mais novas.
“Quando estou só eu na equipe, sem as meninas que estão jogando fora, sou a mais velha, então assumo o papel de capitã da equipe. E para bancar este papel tenho que treinar bem, sempre tentando ajudá-las elas a extrair o máximo possível. Elas estão se desenvolvendo bem e treinando bem mais. Tem muita gente com talento, já temos duas meninas inclusive que foram para a seleção adulta este ano, no Sul-americano, então acho que estamos no caminho certo”, comenta Diana.
Fotos: Luiza Moraes / Divulgação PAB
