Treinador Sérgio Hortelan está na cidade espanhola para trocar informações e observar o trabalho no handebol em um dos principais clubes do mundo
O supervisor e treinador de handebol do Pinheiros, Sérgio Hortelan, está na Espanha para intercâmbio de duas semanas no Futbol Club Barcelona Handbol. O trabalho desenvolvido pelo Pinheiros é reconhecido nos principais clubes do mundo na modalidade, assim como o talento de Hortelan, pelos serviços prestados como jogador e treinador, tanto em clubes quanto na seleção brasileira. Neste domingo (24), Hortelan viajou com a delegação espanhola até a França para assistir ao jogo Montpellier 28 x 36 Barcelona pela Liga dos Campeões da Europa.
Recentemente, cinco jogadores do Pinheiros tiveram a Espanha como destino: Thiagus Petrus, João Pedro e Gabriel Ceretta (Barcelona); Cesar Bombom e Osvaldo (Granollers), o que reforçou a relação entre o clube de São Paulo e o handebol espanhol. Petrus, capitão da seleção brasileira no Mundial da Alemanha, em janeiro, foi o primeiro jogador do País a defender o Barcelona A, maior campeão europeu da modalidade, com nove títulos na Liga dos Campeões.
“O convite partiu de uma iniciativa do Petrus. Mantemos até hoje uma relação muito próxima. Também conheço o técnico Xavier Pascual, já nos encontramos em vários torneios. Quero observar a estrutura deles, entender os processos e a metodologia de um dos maiores clubes do mundo. A Espanha é uma das grandes escolas de handebol na Europa”, avalia Hortelan.
Em relação ao trabalho de quadra, o objetivo do treinador pinheirense é estudar os esquemas que ofereçam evolução ao handebol do Pinheiros. “Os espanhóis trabalham mais a tática do que a técnica, aplicando estratégias individuais e coletivas, um modelo de jogo que pode ajudar o handebol a crescer coletivamente no Brasil”, observa Hortelan.
Europa x Escandinávia – Apesar de o continente ser o mesmo, são duas escolas diferentes no handebol. Entre 2005 e 2008, Hortelan teve a oportunidade de conhecer com mais detalhes, a escola escandinava, convivendo no Pinheiros com o dinamarquês Morten Soubak, que levou a seleção feminina ao inédito título mundial em 2013 na Sérvia. “Enquanto os espanhóis buscam se aperfeiçoar na tática, os nórdicos priorizam a técnica individual. São perfeitos nesse aspecto, outro exemplo de modelo para nós, porque também precisamos evoluir tecnicamente”, considera Hortelan.
Além de acompanhar os treinos, o técnico do Pinheiros pretende assistir aos jogos da Liga Asobal (Campeonato Espanhol) em que o Barcelona possui 25 títulos, sendo campeão consecutivo nos últimos oito anos, e da Liga dos Campeões da Europa, aproveitando sua primeira oportunidade de intercâmbio em um clube gigante como o Barcelona.
O primeiro Mundial de Hortelan como treinador foi em 1997, no Japão. Esteve em janeiro deste ano na Alemanha para acompanhar a surpreendente nona colocação do Brasil, melhor campanha da seleção masculina em Campeonatos Mundiais. Prevaleceu a escola nórdica, com Dinamarca campeã e Noruega em segundo lugar.
Nesta temporada, a primeira meta do Pinheiros é o Pan-Americano de Clubes em maio, em Taubaté. O Campeão assegura vaga para o Mundial no fim do ano, na Arábia Saudita. O título paulista e a briga pelo tricampeonato seguido na Liga Nacional também estão entre os objetivos do handebol masculino do Esporte Clube Pinheiros.