A primeira medalha do Brasil em Tóquio 2020 veio de Skate. Kelvin Hoefler, foi segundo na prova de Street que terminou a 1h40 deste sábado. Perdeu para o japonês Yuto Horicome. O skatista da casa somou 37,18 pontos, enquanto Kelvin fez 36,15 depois de liderar a metade da prova.
Os esportes radicais cumprem a promessa de medalha com um atleta que não estava em nenhuma lista de favoritos. Neste domingo, será a vez das três Mulheres, Pâmela Rosa, Rayssa leal e Letícia Bufoni. E mais para frente chegam os surfistas, só para citar alguns dos maiores favoritos de todos os Jogos.
A Tempestade Brasileira, “Brazilian Storm”, como são chamados os surfistas daqui, agora é olímpica. Chegou, chegando. Gabriel Medina e Ítalo Ferreira venceram as suas baterias da primeira fase, produziram as melhores notas do dia, reforçaram o favoritismo e se classificaram para as oitavas de final no surfe masculino.
As Mulheres, Tatiana Weston-Webb e Silvana Lima também se classificaram para a próxima fase. Tatiana venceu a sua bateria, enquanto Silvana passou mesmo com um terceiro lugar.
A estreia dos esportes radicais nos Jogos Olímpicos honrou a expectativa do mundo esportivo. A mistura de atletas consagrados como Ferreira e Medina e o estilo descontraído e simpático dos skatistas, fez sucesso no “mundo real” e bombou nas redes sociais. Muitos dos skatistas competem com celular no bolso e música nos ouvidos, coisa que só se via com os snowboarders dos Jogos de Inverno.
O figurino dos skatistas também chamou muita atenção. Foi uma rajada de ar fresco em um mundo onde os patrocinadores mandam e as mulheres sempre reclamam de uniformes apertados e mal desenhados. O troféu moda do dia ficou para os skatistas franceses, calça larga e camisa de colarinho brancos.
Há muito otimismo no ambiente mais radical do esporte brasileiro com a estreia das Mulheres do Street. Pela primeira vez na história o Brasil entra em uma competição olímpica com chances de beliscar as três medalhas.
Foto: Jonne Roriz / COB