Laura Pigossi, 26, e Luisa Stefani, 23, conquistaram a primeia medalha olímpica do Tênis Brasileiro. Foi o famoso “bronze que vale ouro”. Veio depois de uma vitória, de virada, sobre as russas Elena Vesnina e Veronika Kudermetova com parciais de 6/6; 6/4; 11/9.
Heroínas improváveis do Time Brasil buscaram uma medalha mais improvável ainda. O bronze delas vale ouro porque as brasileiras salvaram quatro match-points, pontos decisivos, das adversárias no tie-break. Entra na conta da surpresa o fato das duas terem sido as últimas atletas do Brasil confirmadas nos jogos, seis dias antes da chegada em Tóquio.
“Entramos na Olimpíada aos 45 minutos do segundo tempo. Quando recebi a ligação, falei para a Luísa que as últimas seriam as primeiras. Ela riu, mas acreditou. Já tínhamos enfrentado todas as adversárias e sabíamos que era possível. A derrota na semifinal foi muito dolorida, parecia que tinham enfiado uma faca no meu peito. Ainda bem que tivemos um dia para descansar. Tivemos um jogo difícil contra as russas. A Lu teve um ano incrível e queria dar isso para ela, joguei muito por ela, que está levando o Tênis do Brasil para outro patamar.”, disse Laura após a partida.
A lista de mulheres que nos encheram de orgulho em Tóquio tem mais dois nomes. Aos de Rayssa, Rebeca e Mayra somam-se Laura e Luísa. Lista que deve crescer com Martine, Kaena e a turma do Vôlei Feminino, só para citar as mais prováveis.
As mulheres marcam também a história do nosso Tênis. Laura e Luísa trouxeram a primeira medalha olímpica de um esporte que outra mulher, Maria Esther Bueno, colocou no mapa mundi.
Foto: Rodolfo Vilela/rededoesporte.gov.br