A maior e melhor aventura da Ginástica Artística Brasileira terminou com um quinto lugar de Rebeca Andrade na final individual do Solo. Depois de encantar o mundo e fazer o Brasil sonhar com a conquista de três medalhas olímpicas, uma de ouro e outra de prata, Rebeca cometeu um pequeno erro, pisou fora da linha no seu primeiro salto e com o desconto acabou recebendo 14.033 notas insuficiente para vencer Jade Carey dos EUA (14.366); Vanessa Ferrari da Itália (14.200) e Mai Murakami do Japão (14.166) que subiram ao pódio nessa ordem.
A derrota no Solo em nada diminui as conquistas de Rebeca, que para 100% dos brasileiros que acompanharam os Jogos segue no topo do pódio como a grande estrela dos Jogos de Tóquio, rainha dos corações e das redes sociais. “Estou muito feliz, muito grata. Gostei de todas as minhas apresentações desde o primeiro dia, e de ter finalizado tão bem agora, com o solo e ter levado mais alegria para o Brasil. Valeu a pena. Todas as pessoas que torceram por mim, que acreditaram no meu talento, e que me conheceram agora também, fico feliz por inspirar tantos. Não sinto outra coisa que não seja gratidão. ”, afirmou a atleta Paulista de 22 anos, em uma entrevista após a prova.
Se a torcida brasileira fosse entrevistada em conjunto no mesmo momento certamente responderia a mesma coisa. Somos todos muito gratos pelo ‘sonho Olímpico de Rebeca’. Uma atleta que fala tão bem quanto se exibe e teve a elegância de dizer que não sentiu pressão alguma por competir com duas medalhas no peito.
Depois do sonho sempre vem a realidade e no caso da Ginástica Artística Brasileira, os resultados são mais previsíveis. O campeão Olímpico Arthur Zanetti (Londres 2012) errou um movimento de saída mais arriscado nas Argolas para terminar sua participação em Tóquio, e conquista o oitavo lugar, mesma posição de Caio Souza que sofreu uma queda na prova de Salto.
A volta à normalidade da Ginástica Artística vai além do universo brasileiro. É global. O Comitê Olímpico dos Estados Unidos confirmou no final do dia, que a maior estrela de todas, a multicampeã Simone Bailes volta a competir nas finais individuais da Trave, depois de desistir de cinco provas o que representa no mínimo mais um desafio para a brasileira Flavinha Saraiva, que agora transforma o sonho de mais uma medalha para a Ginástica Brasileira numa missão muito mais difícil.