Ginástica artística: Nory dá a volta por cima e conquista prata no solo no Pan de Santiago

Atleta pinheirense tenta mais medalhas nesta quarta-feira (25), na barra e no salto

Nada melhor que um dia após o outro na vida de um atleta. Na segunda-feira, na disputa da medalha individual geral, Arthur Nory não conseguiu colocar toda sua técnica. Inclusive chegou a cair nas barras paralelas. Ficou cabisbaixo com seu resultado. Foi para a Vila Pan-Americana, ouviu os conselhos dos técnicos, descansou e na tarde desta terça-feira (24), arrasou.

Fez uma apresentação digna de ouro no solo, mas os jurados deram 13.933, um pouco menos que deram para a belíssima atuação do canadense Felix Dolci. E Nory, um dos maiores fenômenos da nossa ginástica artística, atleta do Pinheiros, voltou a sorrir. Confessou estar surpreso pelo carinho do torcedor chileno por ele. “Não sabia que era tão conhecido”, disse sorridente. Antes, após sua apresentação, fez o ginásio vir a baixo ao ser aplaudido pelo público presente.

Com o público vibrando e sabendo que a apresentação foi digna de medalha, Nory vibra. Foto – Ricardo Bufolin/CBG

O japinha voador não quer parar com a prata no solo. Nesta quarta-feira (25), tem dois desafios para cumprir. Brigar por  medalhas no salto e barras. “Atleta tem que ser assim. Acabou hoje, vira a chave e já começa a pensar na próxima. Vou sair daqui, descansar, me alimentar bem porque quero mais. Estou feliz com minha medalha porque fui finalista em Toronto e em Lima, mas queria subir ao pódio”, disse o campineiro que largou do judô e foi para a ginástica por causa da Daiane dos Santos.

“Cheguei no ginásio pensando em disputar mesmo uma medalha. Fiz um levantamento dos finalistas, onde posso dificultar minha série. Conversei com o Cris e com o Batata (técnicos). Aumentei uma diagonal a mais. Ganhei e quero oferecer a medalha para meu País e pensar que amanhã tem mais duas chances”, lembrou Nory.

Ainda sem saber da nota, mas a certeza que fez o melhor, o pinheirense agradece o público que o aplaudiu. Foto – Ricardo Bufolin/CBG

“Foi uma conquista muito merecida. O Nory foi gigante. Treinou cinco aparelhos o ano todo para ajudar o Brasil. Ele para o Pan pensando em ajudar a ginástica do País, fazer o melhor possível e buscar a classificação. Isso é fruto de muito trabalho, da estrutura que o Pinheiros oferece, auxiliando nesse trabalho. Nós da comissão técnica, eu e o Cristiano Albino estamos muito felizes porque o Nory faz por merecer em suas conquistas. É um atleta que se prepara, ele ajuda os outros. Isso é merecimento por que ele faz e fico muito contente de fazer parte dessa história”, disse o coordenador técnico da seleção brasileira masculina e do EC Pinheiros, Hilton Dichelli Júnior.