Informativo de nº 6 | Agosto

“A CARÍCIA ESSENCIAL “

A carícia constitui uma das expressões máximas do CUIDADO.

Por que dizemos carícia essencial?

Porque queremos distingui-la da carícia como pura excitação psicológica, em função de uma benquerença fugaz e sem história.

A carícia-excitação não envolve o todo da pessoa. A carícia é essencial quando se transforma numa atitude, num modo de ser que qualifica a pessoa em sua totalidade, na psique, no pensamento, na vontade, na interioridade, nas relações que estabelece.

O órgão da carícia é, fundamentalmente, a “mão”: a mão que toca, a mão que afaga, a mão que estabelece relação, a mão que acalanta, a mão que traz quietude.

Mas a mão não é simplesmente mão. É a pessoa humana que através da mão e na mão revela um modo de ser carinhoso. A carícia toca o profundo do ser humano, lá onde se situa o seu centro pessoal. Para que a carícia seja verdadeira precisamos afagar o eu profundo e não apenas o ego superficial da consciência.

A carícia que nasce do centro confere repouso, integração e confiança. Dai o sentido do afago. Ao acariciar a criança, a mãe lhe comunica a experiência mais orientadora que existe: a confiança fundamental na bondade da realidade e do universo, a confiança de que, no fundo, tudo tem sentido; a confiança de que a paz e não o conflito é a palavra derradeira; a confiança na acolhida e não na exclusão do Grande Útero.

Como a ternura, a carícia exige total altruísmo, respeito pelo outro e renúncia a qualquer outra intenção que não seja a da experiência de querer bem e de amar. Não é um roçar de peles, mas um invertimento de carinho e de amor através da mão e da pele.

O afeto não existe sem a carícia, a ternura e o cuidado. Assim como a estrela precisa de aura para brilhar, assim o afeto precisa da carícia para sobreviver. É a carícia da pele, do cabelo, das mãos, do rosto, dos ombros, que confere concretude ao afeto e ao amor. É a qualidade da carícia que impede o afeto de ser mentiroso, falso ou dúbio. A carícia essencial é leve como um entreabrir suave de porta. Jamais há carícia na violência de arrombar portas e janelas, invadindo a intimidade da pessoa.

Disse com precisão o psiquiatra colombiano Luiz Carlos Restrepo: “a mão, órgão humano por excelência, serve tanto para acariciar como para agarrar. Mão que agarra e mão que acaricia são duas facetas extremas da possibilidade de encontro inter humano.”

No contexto de nossa reflexão, a mão que agarra corporifica o modo de ser trabalho. Agarrar é expressão do poder sobre, da manipulação, do enquadramento do outro ou das coisas ao mesmo modo de ser. A mão que acaricia representa o modo de ser cuidado, pois “a carícia é uma mão revestida de paciência que toca sem ferir e solta para permitir a mobilidade do ser com que entramos em contato. ”

Trecho extraído do livro SABER CUIDAR, de Leonardo Boff
Com alegria e esperança
Regina

PROJETO DE FORMAÇÃO CONTINUADA

  • Grupos de formação – leitura e discussão de textos; discussão de casos de alunos; orientação de projetos pela Coordenação Pedagógica e Direção
  • Pós-graduação Lato Sensu em Neurociência na Escola – Instituto Singularidades
  • Documentação pedagógica – projeto de formação continuada para a Equipe do Jardim de Infância, com a Diálogos e Viagens Pedagógicas

 

AGENDAS SUJEITAS A MODIFICAÇÕES
*seguirão circulares informativas

AGOSTO
01 – Volta às aulas
13 – Sábado letivo
23 – Passeio Infantil 3 manhã
26 – Aniversários do mês
30 – Passeio Infantil 3 tarde

SETEMBRO
06 a 26 – Reserva de vagas para as crianças matriculadas no Jardim de Infância e Pré-inscrição para crianças novas
07 – Feriado
21 – Comemoração interna do Dia da Árvore
30 – Aniversários do mês

REGINA DELDUQUE
Diretora- Orientadora

RENATA MARTINS COSTA
Coordenadora Pedagógica

VERA MARIA PATRIANI MARINHO GOZZO
Diretora Cultural