“Observa atentamente o caminho que seu coração aponta e escolha esse caminho com todas as forças.”
Muito tempo passou, desde o início do universo, até surgir a vida humana. E ainda foi preciso muito mais para que aflorassem no mundo, as mentes inteligentes e capazes dos seres humanos. O mais impressionante é pensar que a vida, que existe há tão pouco tempo, já está ameaçada. Dizem os biólogos que uma espécie viva está desaparecendo do planeta a cada vinte minutos. Em centésimos de segundo, aquelas mesmas mentes inteligentes podem destruir centenas de seres vivos: basta apertar um botão! Com frequência, mostram as estatísticas, um simples apertar de gatilho interrompe uma vida jovem, com sonhos, paixões, talentos.
A violência nas grandes cidades vitima milhares de pessoas, principalmente jovens. Por isso temos que praticar e disseminar, o máximo que pudermos, o resgate da vida, a defesa da vítima, o respeito à vida. Precisamos começar refletindo sobre algumas lições que a própria vida nos passa. Em primeiro lugar, é fundamental compreender que, apesar dos surpreendentes avanços da ciência, é absolutamente impossível recriar todas as formas de vida em laboratório. Infelizmente, sabemos destruir, com diversos tipos de armas – nucleares, químicas e biológicas – toda e qualquer vida na Terra. Mas não sabemos como, nem por onde começar a restaurá-la.
Podemos dizer que a “vida é viva” quando ela gera a si mesma. Se batemos a bicicleta em um poste e alguma parte se quebra, precisamos consertá-la, trocar peças, ajustá-la, refazer a pintura, etc. Mas se ralamos o braço, nosso corpo consegue“ consertar-se “sozinho, pois as células podem se reproduzir e cicatrizar a ferida. Apesar de tão esplêndido, esse fenômeno passa totalmente desapercebido aos nossos olhos. Estamos tão acostumados a encontrar pessoas caminhando à nossa frente, a ver as árvores alimentando os pássaros e insetos, que esquecemos, literalmente, de admirar a vida em seu mistério. O milagre tornou-se comum: mulheres grávidas em países em guerra, ovos eclodindo em terras áridas, a grama brotando nas frestas do asfalto de cidades maltratadas pela violência.
A vida é criativa. Observe as folhas de uma árvore. Se olhar atentamente, perceberá que não existe uma folha igual a outra! Na família humana, em todo nosso planeta, abraçamos um número imenso de raças, culturas, religiões, visões de mundo, valores… E, logicamente, é impossível que todo mundo pense do mesmo jeito: alguns gostam do verão, outros preferem o inverno… O problema começa quando resulta difícil aceitar o ponto de vista do outro. Perdemos a paciência, nos tornamos intolerantes, discutimos, e sem querer, podemos utilizar a violência para lidar com esse conflito. Em uma atitude imediatista e impensada, arriscamos desrespeitar a vida, machucando nossos semelhantes com palavras, gestos, atitudes… É exatamente assim que começam as brigas e as guerras. E é justamente essa espiral de violência que queremos eliminar.
Para compreender a arte da aceitação do outro, podemos aprender com nossa maior mestra: a própria vida, bem maior do que o próprio universo, que insiste em pulsar a cada instante. Teima em se concretizar, perfeita e harmonicamente. Observe as bactérias, seres muito simples, de um passado remoto, que “moram” em todas as células humanas, trabalhando no processo de reprodução de energia, como parceiras em nosso corpo. O que seria do cérebro sem os pulmões? Os rins sobreviveriam sem seu companheiro, o coração? Em nosso organismo, podemos afirmar, sem pestanejar, existe respeito e ajuda mútua desde a pequena célula até os nossos órgãos mais sofisticados. Todas as pequenas partes trabalham juntas, operando o milagre. Esse é apenas um exemplo de associação e cooperação. Fenômenos de natureza amorosa que sustentam o princípio da vida.
Continuemos estudando a vida. Ao caminhar em uma mata ou à beira mar, observando o pôr do sol, estabelecemos uma sensação imediata de paz, acolhimento e harmonia com a terra. O mesmo podemos dizer quando uma mãe abraça seu bebê. O amor é o combustível fundamental da humanidade, o alicerce da vida no planeta. É um bem-estar espontâneo, fácil, natural, que precisa ser redescoberto. Cabe a cada um de nós empreender essa viagem interior, ao encontro da bondade humana, virtude presente em todas as culturas.
Mas, e no nosso organismo maior, a sociedade? Existe essa mesma sintonia? O que seria de nós sem os empregados das usinas hidroelétricas que produzem energia? Sem os padeiros, médicos, lixeiros? Músicos, jornalistas e camponeses? Dependemos uns dos outros para sobreviver… Infelizmente, esse fato é frequentemente esquecido, nos diversos cantos do planeta, a cada instante.
Se pudéssemos observar com uma lente de aumento a saúde da sociedade humana, perceberíamos muita dor e sofrimento. Muitos não encontram oportunidade de moradia, alimento, trabalho. A desigualdade social é uma dura realidade dos nossos dias, uma situação de profundo desrespeito à vida.
Será que podemos fazer algo para construir um mundo mais justo, mais cooperativo? As injustiças e desigualdades são tantas que, muitas vezes, é mais cômodo nos sentirmos magoados e revoltados… Mas, de alguma maneira, precisamos aprender que a PAZ está em nossas mãos e que a sociedade do futuro depende de nós. Cabe a cada um cuidar da vida, em seu aspecto pessoal, social e planetário.
Com carinho, cuidado e esperança Regina
Texto do livro“ PAZ COMO SE FAZ” – Semeando Cultura de Paz nas Escolas Lia Diskin e Laura Gorresio Roizman
AGENDAS SUJEITAS A ALTERAÇÕES
MARÇO
11 – Dia do Funcionário– não haverá aula*
22 – Aniversários do mês
28 – Comemoração interna da Páscoa
29 – Feriado
ABRIL
16 – Passeio – Cidade das abelhas – infantil 4 e 5 – tarde
18 – Passeio – Cidade das abelhas – infantil 4 e 5 – manhã
26 – Aniversários do mês
*SEGUIRÃO CIRCULARES INFORMATIVAS
REGINA DELDUQUE, Diretora – Orientadora
RENATA MARTINS COSTA, Coordenadora Pedagógica
ANTÔNIO CARLOS FOSCHINI, Diretor Cultural