A gratidão é um movimento, uma ação que exercemos e construímos de pouquinho em pouquinho, um dia de cada vez, ao assumirmos uma postura mais resiliente diante da vida. Aprendendo a agradecer mais e com sinceridade, traçamos um caminho de maior satisfação e percebemos que, na maioria das vezes, a nossa forma de olhar e sentir uma situação é capaz de transformar não só o que está à nossa volta, mas também aquilo que trazemos por dentro, refletindo na forma como nos relacionamos com o mundo.
É importante ter em mente que a gratidão pode ser uma escolha feita por nós todos os dias. E que não tem nada a ver com o conformismo ou com uma forma fantasiosa de ver o mundo. Podemos sempre convidar nosso coração a manifestar o sentimento de agradecer por coisas essenciais, que muitas vezes enxergamos como algo banal do cotidiano. O fato de estarmos vivos, termos um teto, um trabalho e pessoas com a quais compartilhamos nossa existência, já é um enorme motivo para sermos gratos, ainda mais nos dias de hoje. Começar com esses pequenos agradecimentos pode ser um bom caminho para introduzir esse costume na rotina. Esse movimento de ser uma coisa interior, e não uma exposição em mídias sociais, como vemos acontecer na atualidade.
Além disso, vale também pensar no quanto a gratidão traz outros benefícios para nós. Ajuda, por exemplo, a melhorar a autoestima e dá força à nossa capacidade de sermos mais empáticos.
Segundo a médica e psicoterapeuta Cristiane Marino, a gratidão está diretamente relacionada à nossa saúde física e mental, e que sabendo dos seus efeitos positivos é mais fácil trazê-la para a nossa vida e fazer dela um hábito tão natural quanto escovar os dentes, por exemplo. Revela também que alguns estudos mostram como a gratidão vai além do lado emocional e age em nosso organismo, aumentando as defesas do corpo, a imunidade e harmonizando nosso sistema nervoso. Ela dá o exemplo de um experimento em que alguns voluntários participaram de diversas atividades capazes de estimular esse lado mais grato. Como uma meditação diária, envolvendo um exercício pessoal de gratidão. Depois de algumas semanas vivenciando esse universo e agradecendo por coisas básicas do dia a dia, ficou comprovado que essas pessoas desenvolveram capacidades anti-inflamatórias significativas e duradouras. Também ficou claro que o sentimento de gratidão é capaz de afetar, de forma positiva, as funções corporais que não controlamos, equilibrando nosso sistema nervoso, mudando nosso padrão respiratório e alterando a frequência cardíaca. Ela também revela estudos sobre a saúde mental que mostram, que quando você experimenta um sentimento de gratidão, são ativadas áreas cerebrais que estimulam a produção de mais substâncias relacionadas ao bem-estar.
É certo também que tendemos a repetir e manter em nossas vidas os costumes que nos trazem essas boas sensações. Já aprendemos a importância de ter por perto tudo aquilo que nos ajuda e nos transforma em pessoas melhores. Por isso, quando experimentamos os benefícios da gratidão, vamos nos afeiçoando mais a ela e incluindo sua presença em nossas ações cotidianas. Mas não é só isso: aprendemos ainda a ser tocados pelos gestos de agradecimento do outro, o que é muito bom para nós. O simples fato de receber, de amigos ou desconhecidos, um agradecimento; ou de presenciar esse movimento de dar e receber entre outras pessoas, desperta em nós uma alegria.
Ao expressar a gratidão em nossas relações, sejam elas afetivas, entre amigos ou desconhecidos, nós também mudamos o outro, além de nós mesmos. Ainda que sejam transformações pequenas, quase imperceptíveis, a soma delas é capaz de promover grandes revoluções internas e externas.
O ato de exercitar essa gratidão está diretamente relacionado a um outro exercício: a forma de olhar e de enxergar as coisas ao nosso redor. Podemos ver tudo da mesma forma todos os dias, colocando uma porção de obstáculos na frente, ou podemos transformar o nosso foco e nossa percepção sobre as coisas, sem abandonar nosso senso de realidade.
Segundo a terapeuta Fernanda Lisboa, ser grato é estarmos presentes, vivendo e sentindo o momento, satisfeitos com nossos processos evolutivos. Nos alienar da vida real e fechar os olhos diante do horror não faz com ele deixe de existir ou de nos afetar. Podemos ser gratos por conseguir manter a calma em uma situação de estresse, mas não podemos fingir que ela não existiu. Tudo depende da forma como vemos e absorvemos cada situação. Quando exercitamos a gratidão, passamos a ter uma lente diferente para ver os acontecimentos em nossa vida e ao nosso redor. E assim, conseguimos ser gratos mesmo em situações difíceis.
Quando temos consciência do que está acontecendo, conseguimos vislumbrar saídas positivas para os problemas que são reais. Assim, conseguimos lidar com o mundo e enxergar nossas potencialidades e nos tornamos mais seguros, o que traz mais leveza e gratidão. Precisamos agradecer todos os dias, não só por algo ou para alguém, mas por nosso esforço contínuo de compreender o mundo e existir da melhor forma possível nesse universo, e em especial pelas nossas crianças que alegram nossos corações e nossas vidas.
Para transformar a gratidão em uma prática diária, podemos colocar bilhetinhos no espelho o banheiro, na porta do nosso quarto ou da nossa classe, com pequenas palavras de gratidão. Também vale criar um diário de gratidão, no qual podemos anotar tudo pelo que somos gratos no final de cada dia. Mas o mais importante é que esse movimento parta primeiro do coração e seja realizado de uma forma verdadeira, compreendendo nossas limitações e nossas evoluções.
Assim, pouco a pouco, perceberemos que sermos gratos pode ser mais real do que imaginamos. Tudo é uma questão de aprendizado, compreensão e tempo. Pelo que você é grato hoje? Eu por estar escrevendo esse texto para vocês!!
PS. Podemos também criar o hábito de colar bilhetinhos de gratidão nos espaços da nossa escola…………..portas das classes, janelas, painel azul do pátio. onde
quiserem! Também podem me enviar um texto reflexivo sobre a gratidão ou vir até a minha sala conversar!
Com alegria, esperança e gratidão a todas as famílias da nossa escola
Regina abril/2024
PROJETO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DAS PROFESSORAS
Grupos de formação – leitura e discussão de textos; discussão de casos de alunos; orientação de projetos pela Coordenação Pedagógica e Direção
Ouvir ou escutar? – Eis a questão Com Lia Diskin Em uma sociedade onde se fala demais e se escuta de menos é inevitável a proliferação de mal-entendidos, desencontros e discórdias. Quando essa dinâmica acontece no espaço familiar ou profissional, nas instituições e órgãos públicos quebram-se os vínculos de confiança que permitem realizar ações e projetos comuns. Por quê?
Não havendo escuta qualificada, isto é, atenta, respeitosa, aberta, é impossível compreender o que uma pessoa ou acontecimento está nos dizendo, manifestando ou sugerindo. A ausência de uma presença ativa no curso de uma conversa faz emergir interpretações, suposições e pressupostos, distorcendo o que de fato foi dito.
É importante não confundir ouvir (do latim “audire”, que significa “perceber o som”) com escutar (do latim “auscultare”, que designa “ato de atenção ao que se está a ouvir”). O primeiro é involuntário, resulta da capacidade fisiológica do sentido de audição. Já o segundo requer estar disponível internamente para acolher o que é dito, compreender e validar. Isto não significa concordar, anuir ou abrir mão das próprias convicções.
Educar a capacidade de escuta demanda disposição interna para descobrir nossos próprios preconceitos, crenças arraigadas e hábitos mentais. Ter um interlocutor abre novos territórios, amplia a visão e favorece não só a compreensão dos outros, mas também a de si mesmo. Aprender continua sendo a grande aventura!
AGENDA DE ABRIL
16 – Passeio Infantil 4 e 5 tarde)– Cidade das Abelhas*
18- Passeio Infantil 4 e 5 (manhã) – Cidade das Abelhas*
26 – Aniversários do mês
AGENDA DE MAIO (sujeita a alterações)
01 – Feriado
11- Sábado letivo – Dia das Mães*
24 – Aniversários do mês
30 – Feriado
31 – Recesso
*SEGUIRÃO CIRCULARES INFORMATIVAS
REGINA DELDUQUE, Diretora – Orientadora
RENATA MARTINS COSTA, Coordenadora Pedagógica
ANTÔNIO CARLOS FOSCHINI, Diretor Cultural