Informativo semanal VIII

PARA REFLETIR
Adaptação, tempo de acolhimento

Por que retomadas são tão desafiadoras? Por que é difícil voltar para a escola se os espaços, os professores e as crianças são, na sua maioria, as mesmas? O que acontece na relação escola – crianças – professores – famílias nos retornos? Os primeiros dias do início de cada período
são considerados período de adaptação, mas preferimos nomear como “ acolhimento”. Ambas as referências são adequadas e o uso depende do momento que se considera nessa relação.
Do ponto de vista da escola, temos, sem dúvida, um período dedicado ao acolhimento, que requer da equipe pedagógica intenção, empenho e planejamento.
Já a criança e a sua família vão passar por um período adaptativo.
Mas de onde vem o conceito de adaptação no âmbito da educação?
Jean Piaget demonstrou que o conhecimento é construído à medida que o meio provoca um desequilíbrio no ser humano. Isto quer dizer que a cada problema, desafio, aspecto curioso, o ser humano, desde que é bebê, sente um incômodo e tem necessidade de rever suas ideias. A
busca por soluções para enfrentar novas situações leva a uma adaptação ou um “conforto” momentâneo, sentido ao esclarecer os pensamentos desequilibrados.

As crianças da Educação Infantil têm no máximo cinco anos, no início do período letivo. Cinco anos são 60 meses de desenvolvimento e amadurecimento. Na velocidade em que esse crescimento se processa, um mês – ou 30 dias – são quase uma era!
Por isso, quando recebemos nossas crianças na escola temos muitas facetas novas a descobrir e um período de reconhecimento para despertar. O que já foi vivido deixou marcas e é preciso um tempo para que as crianças relembrem o que viveram.
Assim, o retorno para a escola deve ser processual, construindo uma retomada da familiaridade com os ambientes, a rotina, o encontro com os colegas e os adultos que foram referência no passado, para estabelecer um ambiente aconchegante, construir novos vínculos e novas
aprendizagens. Nesse sentido, o termo acolhimento cabe como uma luva à escola.

Por isso, um cuidado estratégico é planejar a chegada das crianças de forma gradual. Garantir alguns dias exclusivos para cada grupo favorece sua ambientação e adaptação, pois encontrarão uma atmosfera mais tranquila e segura para se espelharem. Dividir esse retorno em duas ou três etapas é essencial para garantir a disponibilidade de acolhida e atenção dos professores.
Planejar ações para construir uma boa relação com as famílias nessa retomada é o primeiro passo da “adaptação” das crianças e da cumplicidade no processo educativo. Criar esse espaço de acolhimento das crianças, estreita os laços e compartilha o cuidado e a educação.
O educador e curador de Arte, Luis Guilherme Vergara, defende o olhar sensível para esse primeiro momento de tudo, na medida em que essa volta será repetida várias vezes na vida das crianças.

Esse primeiro momento de retorno à escola, certamente provocará curiosidade, surpresas e angústias. São estes sentimentos que mais irão sensibilizar a equipe pedagógica que se solidariza com as manifestações emocionais dos pequenos e suas famílias. Re/adaptar-se à escola será um processo individual, em que cada criança precisará de um período de tempo diferente, sendo importante respeitar seu ritmo e não impor um período predeterminado. É preciso cuidar também da equipe pedagógica, promovendo momentos de acolhimento e reflexão sobre as inseguranças, e ocasiões para trocas e conversas. Tendo clareza sobre as emoções envolvidas, sem dúvida ficará mais fácil trabalhar esse período complexo com as crianças. Estamos aguardando a autorização da Diretoria Regional de Educação para que isso ocorra com segurança, e muito cuidado e carinho.

1 – Encontro com as professoras e equipe

CLEIDE DO AMARAL TERZI – 09/09
Diretora de Ronca e Terzi Serviços e Treinamentos Ltda. ME.
Rua Bartira, nº 580, Perdizes – CEP 05009-000 – São Paulo/SP
Fones: 3864-8201 – 3875-1727/3875-1728
e-mail: roncaeterzi@uol.com.br
• Pedagogia pela USP/SP.
• Mestrado em Supervisão e Currículo PUC/SP – Especialista em Educação.
• Docência nos Cursos de Pedagogia: PUC/SP (1985-1987), Faculdade Tibiriçá (1983-1988).
• Organização Curricular das Escolas de Magistério da Secretaria de Educação do Estado de Tocantins – 1995.
• Consultoria à Fundação Vanzoline – Secretaria de Educação do Estado de São Paulo – PEC – Formação Universitária – 2001/2002.
• Assessora e Consultora Educacional de Ronca e Terzi Serviços e Treinamentos Ltda. ME.
• Coordenadora de grupo de formação de educadores de Escolas particulares e públicas.
• Autora dos livros: “A Prova Operatória”, “A Aula Operatória” e “O Pensamento parece uma coisa à-toa”.

Tema: A CURIOSIDADE E O IMAGINÁRIO NO “CALDO” DA APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS E DOS PROFESSORES
“A escola é um lugar de experiência de vida ao olhar e escutar as possibilidades das crianças em suas entregas curiosas aos pequeninos acontecimentos. Crianças fantasiam cenas, imaginam seres, criam mundos. Inventam histórias. Maravilhamnos! ”

Esse encontro tem como pontos destacados:
• Ressaltar a importância do ato curioso e do imaginário inventivo na composição da aprendizagem.
• Identificar o papel da observação e da escuta das crianças em suas manifestações de encantamento por suas descobertas.
• Refletir sobre a importância do papel do educador ao colher e incentivar as expressões de curiosidades e do imaginário infantil.

2- Plantão no Jardim de Infância – todas as terças, das 9h00 às 12h00 e das 13h00 às 16h00. Não podemos receber pessoas na escola, mas atendemos as famílias por telefone (35989852/35989851)

3- Continuidade aos encontros individuais e por grupos

4 – Manutenção do piso das salas

5 – Previsão de matrícula para 2021
Acessar o link abaixo caso ainda não tenha respondido a pesquisa.
https://forms.gle/ZUhe9s23FpaLbHU7A

6 – A VOZ DA EQUIPE

Professora Auxiliar Maria Jailma
Estamos vivendo, literalmente, um dia de cada vez! A única certeza que temos é o aproveitamento do dia de “hoje”. A mente vagueia,  buscando entender como fazer melhor do que ontem. Estamos à deriva, mas esse barco não podemos deixar afundar. Grata pela equipe da classe de Infantil 1 e do integral, por todo companheirismo, acolhimento e dedicação. Grata também à equipe gestora, que sempre tem buscado nos ajudar de alguma forma.
“Recomece! Se refaça! Relembre o que foi bom. E se um dia lá na frente, a vida der uma ré, recupere a fé, e recomece novamente. ” (Bráulio Bessa)
Estagiária Andressa
O isolamento social tem sido um tempo de muitos desafios, mas também repleto de aprendizagens. Em meio a tantas incertezas, aprendi que – com certeza – ter pessoas que nos apoiam e nos ajudam ao nosso redor, faz toda a diferença. Enfim, espero que cada aprendizado seja lembrado quando tudo isso acabar e pudermos estar juntos novamente.

Com carinho, cuidado e um olhar positivo para o futuro

Regina e Renata