1 – A voz da Direção e Coordenação
Queridas famílias,
Desde março estamos vivendo momentos de incerteza, ansiedade, tristeza, alegria e muitas dúvidas. São quase 7 meses com a escola fechada, reinventando a maneira de nos relacionarmos com as crianças e famílias, e também com a nossa equipe. Esse tempo prolongou-se muito mais do que esperávamos, e tendo que seguir normas e regras governamentais que estão, acima de tudo, pensando no que é melhor em termos de saúde para as crianças e jovens do nosso país. Tudo isso independe de posição política.
A comunidade educacional está muito dividida, mas acreditamos que tomamos todos os cuidados possíveis para evitar que haja um aumento de contágio com a ida das crianças para a escola, uma vez que a grande maioria é assintomática e pode contagiar os demais colegas, professores e funcionários da escola.
Por isso, seguindo os protocolos de saúde, o retorno será gradual e as crianças ficarão pouco tempo na escola. Os grupos serão divididos em dois e essa divisão deverá ser rigorosamente cumprida, para podermos controlar as turmas caso surja algum caso de COVID, seja em crianças, funcionários ou familiares.
Os horários foram pensados para o mês de outubro e respeitando as normas da Diretoria Regional de Educação – Butantã – vinculada à Secretaria Municipal de Educação.
Tivemos alguns desencontros de informações quanto à reabertura da escola, mas após estudo jurídico, viu-se que não podemos descumprir uma determinação legal.
Sabemos também que nem todas as famílias mandarão seus filhos para a escola. Dessa forma as professoras estarão presencialmente na escola com algumas crianças e nos outros dias todos terão encontros online, também com os professores especialistas. Para as famílias que
optarem pela não frequência das crianças, as professoras farão encontros individuais, além dos de grupo.
Sempre fomos uma escola de portas abertas, onde recebíamos as crianças e familiares em qualquer horário. Sempre havia alguém para dar uma “palavrinha”, mesmo sem horário marcado. Nesse momento de pandemia, podemos ter falhado em algum momento, mas também
foi tudo muito novo para a nossa equipe. Mas temos certeza de que procuramos não deixar de lado as nossas crenças e nossa filosofia. O Nosso Projeto Pedagógico foi mantido e não nos desviamos dele, mesmo atendendo crianças tão pequenas à distância.
Continuamos acreditando no afeto, na aproximação entre os professores e as crianças, e na interação entre elas; assim como com as famílias. Mas como dissemos no início, essa pandemia tirou todos nós da zona de conforto e nos fez refletir sobre o que realmente vale a pena nessa vida. A VIDA!
As nossas crianças não perderam “conteúdo”, como chegou-se a pensar; pois tiveram aprendizagens e vivências que talvez não teriam a oportunidade de ter. A convivência em família por mais tempo; uns conhecendo efetivamente as vontades e gostos dos outros; famílias se reinventado para dar conta de trabalho, ensino à distância, cuidados com a casa; distanciamento social de avós; entre tantas outras coisas que podem ter acontecido. Muitas famílias tiveram possibilidade de refugiar-se em fazendas, sítios, casas de praias; outras ficaram confinadas em apartamentos ou casas. Muitas famílias acreditam que a doença não atingirá seus filhos, outras estão com medo e tudo isso deve ser respeitado. Aliás, o respeito e a empatia fazem parte da nossa filosofia.
Procuramos respeitar o horário do sono das crianças e por isso não temos horários rígido de entrada, por exemplo. Respeitamos as diferenças, somos uma escola inclusiva e que está atenta às particularidades de cada família. Somos uma escola que tem uma escuta ativa com as famílias e crianças. Durante a pandemia atendemos os familiares por telefone (Regina), e também os professores (Renata). Muitas vezes trocamos os papéis, uma sempre dando suporte à outra. Fizemos reuniões sistematicamente com todos os grupos de professores;
proporcionamos encontros semanais para a equipe com profissionais da área da saúde, educação, psicologia, que se dispuseram a conversar com nossa equipe num momento em que estão todos fragilizados com as incertezas da vida e do momento.
Não podemos ser responsabilizadas por pequenos erros ou desencontros que possam ter acontecido, pois estávamos sempre tentando acertar o passo e buscar o melhor para todos. São 75 anos de história e reconhecimento de um trabalho que não pode ser perdido por causa de uma pandemia. Momento este que nos fez pensar o quanto a nossa pedagogia do brincar, das descobertas, das experiências, é essencial às crianças. O quanto a tecnologia é importante, mas não supre o contato físico. O quanto crianças pequenas não devem ser submetidas a tanta tecnologia e tanto tempo na frente de uma tela.
Continuaremos nossa missão de priorizar sempre “a alegria de aprender, o gosto de pensar e criar, o prazer e a beleza de conviver, sabendo resgatar sempre a harmonia do humano que pode estar adormecida em nós.” (Katia Tavares)
Com carinho, cuidado e muito afeto
Regina e Renata
2 – Encontro com as professoras e equipe
Monica Fujikawa – 07/10 – 17h30
Mestre em Educação (UMESP), especialização em Psicopedagogia, pedagoga pela PUC – SP. Atuou como professora e coordenadora pedagógica da EI ao EM. Atualmente trabalha com assessoria pedagógica e coordenação geral.
TEMA
Aprender na Educação Infantil – exercício de curiosear o mundo Proposta da conversa: Como aprendem as crianças? Como podemos potencializar o ato curioso tão característico das crianças na Educação Infantil? Como fazer da escola um espaço genuíno para o desenvolvimento de atitudes investigativas e criativas, como um espaço de (re)invenções cotidianas para os nossos alunos e também para o professor?
3 – Novos horários