Judocas pinheirenses conquistam mais três medalhas no último dia da modalidade. Oito no total

Uma verdadeira batalha pelo ouro por equipes mistas no judô. O Brasil chegou na final contra a temível Cuba, após os brasileiros passarem pela Colômbia na semifinal, por 4×0. E coube ao atleta do Pinheiros, Rafael Baby Silva, a responsabilidade da vitória, depois da derrota dele contra o cubano Andy Grando e empatar o confronto em 3×3. Foi o último dia do judô e o Pinheiros ajudou em oito medalhas para o Brasil.

Willian Lima comemora a vitória nas semifinais. Foto – Anderson Neves/CBJ

Foi a melhor luta de toda competição. Baby foi guerreiro, entrou com garra, dando tudo de si pelo ouro. Mas acabou perdendo nos últimos segundos da luta por punições: 3×2 e Cuba ficou com o ouro por 4 vitórias contra 3 dos brasileiros.

O Brasil entrou no tatame com 1×0, porque Cuba entrou desfalcado na categoria 57 kg. Gabriel Falcão abriu 2×0 ao derrotar Magdiel Estaba (waza-ari. Depois Luana Carvalho (70 kg), perdeu para Idelannis Gomes, por ippon.

O terceiro brasileiro a entrar no tatame  foi Rafael Macedo (90 kg). Acabou levando um waza-ari para Ivan Morales, empatando o confronto em 2×2. Bia Souza (78 kg), atleta do Pinheiros, colocou o Brasil novamente na frente em 3×2, ao derrotar Idalys Ortiz nas punições por 3×2.

No confronto 90 kg, Baby Silva teve que lutar duas vezes. As duas amargou duas derrotas por punições, ambas por 3×2. A primeira luta empatou o confronto em 3×3 e no desempate.

Final da luta, desgastante, ofegante, transpirando muito, Baby só tinha que lamentar pelas duas derrotas seguidas pelo seu adversário mais temido: Andy Grando.

William Lima, o primeiro a esquerda, Rafaela, Luana, Gabriel Falcão, Bia e Baby, equipe mista do Brasil, medalha de prata. Foto – Anderson Neves/CBJ

“Luta difícil, definida nos detalhes, cansei muito no final, mas dei meu máximo, tudo que podia pela vitória, mas não veio. Perdi nas punições na luta do empate. Agora é voltar a treinar e bola para frente. Saímos do Pan com aquele gostinho que poderíamos ir um poucos mais”, analisou Baby.

Após a luta de Baby Silva, Bia atendeu os jornalistas muito emocionada. Cada entrevista, tinha que parar para conter às lagrimas. E explicou os motivos de estar tão emotiva.

“É muita emoção. A gente dá vida um por todos, quando não vem a medalha a gente fica muito triste. Treinamos muitos juntos. Sabemos das dificuldades de cada um. Todos queriam o ouro para tirar o gostinho do dia anterior, então só tivemos o gostinho da medalha de ouro, agora levar tudo de aprendizado para as próximas competições. É um degrauzinho que conseguimos subir e é muito importante a medalha de prata para todos. Já falaram para nós que estamos fazendo história, porque o Brasil ganhou pela primeira vez por equipe no Pan. Agora é superar esse momento e vir mais forte para o próximo”, disse Bia Souza, que retorna ao Brasil com duas medalhas de prata.

OITO MEDALHAS NO JUDÔ

Os judocas pinheirenses conquistaram oito medalhas para o Brasil: 2 de ouro – Larissa Pimenta e Alexia Nascimento; 3 de prata – Willian Lima, Baby Silva e Bia Souza; 3 de bronze – Bia Souza, Baby Silva e Willian Lima.

 

O GUERREIRO HENRIQUE DA ESGRIMA

Henrique Marques, do sabre e do Pinhiros, teve que ser atendido durante o confronto desta terça-feira. Agora vai buscar o ouro por equipe. Foto – ECP

 

Em qualquer outra situação de competição, com toda certeza Henrique Marques pediria para não entrar em ação como aconteceu nesta terça-feira (31), no Complexo Paralimpico de Nuñoa, terceiro dia da Esgrima dos Jogos Pan-Americanos. Mas é um Pan e vale muito seguir jogando. Antes do confronto com outro brasileiro, Guilherme Toldo, do Grêmio Náutico União (RS) foi atendido pelos médicos do PanAm, a base de espray e análgico, foi para o combate.

Chegou a abrir uma vantagem de 4-0, no primeiro período, sustentou o jogo na frente até 6-5. Depois que levou a virada e 8-6, não conseguiu mais passar à frente. As dores no ombro aumentaram e foi obrigado a pedir novamente ajuda médica.

Mesmo com fortes dores, lutou até o fim. No terceiro período conseguiu reação ao ficar apenas dois pontos atrás (13-11), faltando 47 segundos, permitindo que o gaúcho Toldo fechasse em 15-12.