Uma verdadeira batalha pelo ouro por equipes mistas no judô. O Brasil chegou na final contra a temível Cuba, após os brasileiros passarem pela Colômbia na semifinal, por 4×0. E coube ao atleta do Pinheiros, Rafael Baby Silva, a responsabilidade da vitória, depois da derrota dele contra o cubano Andy Grando e empatar o confronto em 3×3. Foi o último dia do judô e o Pinheiros ajudou em oito medalhas para o Brasil.
Foi a melhor luta de toda competição. Baby foi guerreiro, entrou com garra, dando tudo de si pelo ouro. Mas acabou perdendo nos últimos segundos da luta por punições: 3×2 e Cuba ficou com o ouro por 4 vitórias contra 3 dos brasileiros.
O Brasil entrou no tatame com 1×0, porque Cuba entrou desfalcado na categoria 57 kg. Gabriel Falcão abriu 2×0 ao derrotar Magdiel Estaba (waza-ari. Depois Luana Carvalho (70 kg), perdeu para Idelannis Gomes, por ippon.
O terceiro brasileiro a entrar no tatame foi Rafael Macedo (90 kg). Acabou levando um waza-ari para Ivan Morales, empatando o confronto em 2×2. Bia Souza (78 kg), atleta do Pinheiros, colocou o Brasil novamente na frente em 3×2, ao derrotar Idalys Ortiz nas punições por 3×2.
No confronto 90 kg, Baby Silva teve que lutar duas vezes. As duas amargou duas derrotas por punições, ambas por 3×2. A primeira luta empatou o confronto em 3×3 e no desempate.
Final da luta, desgastante, ofegante, transpirando muito, Baby só tinha que lamentar pelas duas derrotas seguidas pelo seu adversário mais temido: Andy Grando.
“Luta difícil, definida nos detalhes, cansei muito no final, mas dei meu máximo, tudo que podia pela vitória, mas não veio. Perdi nas punições na luta do empate. Agora é voltar a treinar e bola para frente. Saímos do Pan com aquele gostinho que poderíamos ir um poucos mais”, analisou Baby.
Após a luta de Baby Silva, Bia atendeu os jornalistas muito emocionada. Cada entrevista, tinha que parar para conter às lagrimas. E explicou os motivos de estar tão emotiva.
“É muita emoção. A gente dá vida um por todos, quando não vem a medalha a gente fica muito triste. Treinamos muitos juntos. Sabemos das dificuldades de cada um. Todos queriam o ouro para tirar o gostinho do dia anterior, então só tivemos o gostinho da medalha de ouro, agora levar tudo de aprendizado para as próximas competições. É um degrauzinho que conseguimos subir e é muito importante a medalha de prata para todos. Já falaram para nós que estamos fazendo história, porque o Brasil ganhou pela primeira vez por equipe no Pan. Agora é superar esse momento e vir mais forte para o próximo”, disse Bia Souza, que retorna ao Brasil com duas medalhas de prata.
OITO MEDALHAS NO JUDÔ
Os judocas pinheirenses conquistaram oito medalhas para o Brasil: 2 de ouro – Larissa Pimenta e Alexia Nascimento; 3 de prata – Willian Lima, Baby Silva e Bia Souza; 3 de bronze – Bia Souza, Baby Silva e Willian Lima.
O GUERREIRO HENRIQUE DA ESGRIMA
Em qualquer outra situação de competição, com toda certeza Henrique Marques pediria para não entrar em ação como aconteceu nesta terça-feira (31), no Complexo Paralimpico de Nuñoa, terceiro dia da Esgrima dos Jogos Pan-Americanos. Mas é um Pan e vale muito seguir jogando. Antes do confronto com outro brasileiro, Guilherme Toldo, do Grêmio Náutico União (RS) foi atendido pelos médicos do PanAm, a base de espray e análgico, foi para o combate.
Chegou a abrir uma vantagem de 4-0, no primeiro período, sustentou o jogo na frente até 6-5. Depois que levou a virada e 8-6, não conseguiu mais passar à frente. As dores no ombro aumentaram e foi obrigado a pedir novamente ajuda médica.
Mesmo com fortes dores, lutou até o fim. No terceiro período conseguiu reação ao ficar apenas dois pontos atrás (13-11), faltando 47 segundos, permitindo que o gaúcho Toldo fechasse em 15-12.