Time masculino venceu duas vezes pelo Campeonato Paulista neste fim de semana, após retornar da Arábia Saudita como semifinalista do Mundial
Nas duas primeiras apresentações após retornar do Mundial de Clubes – Super Globe, da Arábia Saudita, o Handebol Azul e Preto conquistou duas vitórias neste fim de semana pelo Campeonato Paulista Masculino, contra São Caetano (35 a 19) e Sesi Araraquara (36 a 29), ambas no Poliesportivo Henrique Villaboim. O Pinheiros soma três vitórias em três jogos e segue invicto no torneio estadual a exemplo do Unitau Taubaté.
O desgaste da viagem de volta do Oriente Médio foi superado pela motivação trazida na bagagem junto com o quarto lugar, colocação inédita em três participações do Pinheiros em Mundiais. A vaga para representar o continente no Super Globe foi conquistada de forma heroica, com vitória por apenas um gol na final do Centro-Sul-Americano sobre o rival Taubaté na casa do adversário.
Há 27 anos no Esporte Clube Pinheiros, o treinador Sérgio Hortelan expressou o sentimento pela disputa inédita da semifinal. “A participação em m Mundial é sempre significativa. Se passarmos a ir anualmente, a evolução do handebol no Pinheiros será ainda mais sólida. Precisamos contratar atletas que nos ajudem a manter nossa força”.
Também técnico do Pinheiros, Alex Aprile espera que o clube colha os frutos da campanha no Mundial. “A vitória no primeiro jogo (Al Noor, da Arábia Saudita) permitiu que nós enfrentássemos as melhores equipes do mundo, aprendizado único para quem busca a permanente evolução. O maior desafio é disputarmos o Mundial frequentemente, mas para isso dependemos da manutenção dos atletas no clube”.
O armador Philipp Seifert, de 19 anos, formado na base do Pinheiros, foi um dos atletas mais elogiados pela mídia que acompanhou o Mundial. “O sentimento é de gratidão por eu ter representado meu clube e meu País. Joguei contra os meus ídolos. Eu só tinha visto os caras em vídeo. Jogamos na semifinal com o Barcelona e disputamos o terceiro lugar com o Aalborg, da Dinamarca, simplesmente o campeão e o vice da Liga dos Campeões da Europa, respectivamente”.
Aprendizado e respeito – Quando não estava na quadra com o Pinheiros, Philipp acompanhava os jogos dos adversários da arquibancada em Jeddah. “Percebi que os europeus têm um jogo mais coletivo, uma formação mais compacta. Aqui, é mais no um contra um. Fisicamente, são maiores e mais fortes. Depois do jogo com o Aalborg, no exame antidoping, percebi que eles respeitaram muito o nosso time, recebemos vários elogios”, constatou o promissor atleta pinheirense. O Aalborg venceu por 34 a 29, enquanto o Magdeburg, da Alemanha, ganhou do Barcelona por 33 a 28 na final.
O capitão do time, Arthur Peão, segue a linha dos treinadores em favor do handebol do Pinheiros. “Foi uma experiência enriquecedora. Revimos dois ex-pinheirenses no Barcelona, Langaro e Petrus. Com disciplina tática, conseguimos levar para a quadra o plano de jogo traçado pela comissão técnica”.
“O conhecimento adquirido pelos mais jovens é fundamental para que progridam. Espero que a inédita colocação motive o clube a se manter competitivo para buscarmos vaga também para os próximos mundiais”, desejou Peão, ponta e frequentemente artilheiro do Handebol Azul e Preto.
Mais dois títulos para a base – O fim de semana marcou também o retorno das equipes juvenis com os troféus de campeãs masculina e feminina do Brasileiro Juvenil, disputado no Parque Olímpico do Rio de Janeiro. Nas finais, o time masculino venceu o Itajaí (SC) por 28 a 27, enquanto as meninas superaram o Clube Português (PE) por 24 a 20.
“O juvenil (sub-18) é a última categoria de formação, por isso são conquistas muito importantes. Os dois títulos mostram que os nossos atletas estão muito bem encaminhados para, em breve, assumirem os desafios nas equipes adultas”, enalteceu Carla Antonucci, coordenadora das categorias de base do Handebol no Pinheiros.
Fotos: @ruasmidia