A dupla pinheirense completou o dia de medalhas do Brasil. Nesta quarta-feira tem mais
Um sonho realizado de um garoto que desafiou todos os problemas de saúde na infância para se tornar uma medalha de ouro e recordista da natação nos XX Jogos Pan-Americanos. Breno Martins Correia, atleta do Pinheiros, é daqueles baianos predestinados ao sucesso. E tinha motivos para se orgulhar do feito obtido na tarde desta terça-feira (24) no Centro Aquático de Santiago. Outro destaque foi a prata do revezamento 4x200m feminino, com Stephanie Balduccni.
Na infância, sofreu de tudo. Bronquite asmático, rinite e sinusite. Foi para a natação por recomendação médica, em um projeto social Tempo de Crescer, em Salvador, Bahia, onde nasceu. Mudou para o Rio, onde se desenvolveu seu potencial até chegar aos 18 anos no Pinheiros.
Na mesma prova que foi ouro em Santiago, foi recordista mundial em Hangshou, China, em 2018. Curtiu por muito tempo o ouro de César Cielo, em Pequim, na Olimpíada de 2008.
Breno Correia só tem 24 anos. E quer muito mais. Começando pela sua participação em casa, no Pinheiros, no Troféu José Finkel. “Vou nadar em casa, onde treino, onde tenho minha família, meus amigos, meus técnicos e a estrutura do Clube”, afirmou o baiano de Salvador.
“Peguei a prova do Murilo Sartori em primeiro lugar e entreguei para o Fernando em primeiro. Ele e o Guilherme Costa sustentaram nosso ritmo e conseguiram fechar com um recorde”, lembrou Breno que tinha gravado na memória o tempo de 7:07.53, deixando os americanos para traz (7:08.06)
Não foi só um recorde e a medalha de ouro da equipe brasileira que faz parte Breno Correia. Foi o tricampeonato Pan-Americano, uma hegemonia em Pan de fazer inveja aos americanos e canadenses, geralmente potências na modalidade.
“Primeiro agradecer a Deus, minha família aqui presente, minha namorada Katerine, minha sogra, minha mãe Cássia, meu pai Zigomar, todos eles aqui presente. Isso não tem preço vendo mais título Pan-Americano para o Brasil. Gostaria muito de agradecer o Pinheiros, clube que tem me ajudado muito nestes últimos anos, desde que cheguei, COB e CBDA. Esse ouro consagra o Brasil nessa prova, recordista mundial em piscina curta, tem Mundial e Olimpíada e tem muita coisa para acontecer. Espero continuar no time do Brasil e classificar para a Olimpíada que é nossa principal meta”.
TETE, MONSTRO, FEZ A PARTE DELA
Stephanie Balduccini veio ao Pan para ser uma das estrelas da natação brasileira. Ganho sua terceira medalha: uma de ouro no revezamento 4×100 livre misto, bronze no revezamento 4×100 medley (quatro estilos) e agora, prata no revezamento 4×200 livre.
Tete, como é carinhosamente chamada fez sua parte como grande atleta que é. Foi a terceira a pular na água, deixada por Nathalie Almeida. Pegou em segundo lugar e deixou em primeiro para Gabrielle Roncatto, que acabou não segurando o ataque americano.
A terceira medalhista brasileira na natação só tinha alegria para falar do seu feito na prova. “Queria um ouro. Eu fiz tudo que podia. Entreguei em primeiro, fiz minha parte. Todas meninas fizeram a parte delas”.
Sobre sua evolução, Stephanie acredita numa evolução absurda no seu rendimento. “Melhorei muito, nadando na barreira dos 58 segundos e isso que importa”.
Medalhas de atletas do ECP – Medalhas de ouro – 6
Marcelo Chierighini – – natação
Victor Alcará – natação
Marcelo Chierighini – natação
Stephanie Balduccini – natação
Ana Carolina Vieira – natação
Breno Correia – Natação
Medalha de prata – 3
Arthur Nory – ginástica
Stephanie Balduccini – natação
Stephanie Balduccini – natação
Medalhas de bronze – 8
Giovanna Diamante – natação
Stephanie Balduccini – natação
Ana Carolina Vieira – natação
Stephanie Balduccini – natação
João Gomes – natação
Clarissa Rodrigues – natação
Arthur Nory – ginástica artística
Patrick Sampaio – ginástica artística