A final dos 100m livres masculino nas seletivas da natação brasileira para os jogos de Tóquio 2020 quebrou todos os protocolos de silêncio e bom comportamento das equipes de suporte técnico e físico que trabalham longe das câmeras na piscina de aquecimento do Complexo Maria Lenk.
Parecia futebol. Todo mundo parou o que estava fazendo para acompanhar a grande prova da natação. Não faltaram gritos e pulos nervosos enquanto os nadadores mais rápidos do país lutavam por seu sonho olímpico.
Ninguém conseguiu ficar sentado. Parecia que havia uma coreografia ensaiada. Ao tiro de largada todos se levantaram, os técnicos que não estavam acompanhado a prova ao lado da piscina principal até se esqueceram de olhar o tempo de reação dos seus atletas, largaram junto com eles para a gritaria.
O silêncio típico daquele ambiente de trabalho só voltou depois das entrevistas, na largada da prova seguinte.
No fim, até os derrotados gostaram da prova. Concordam com o cronômetro que mostrou um equilíbrio do mais alto nível técnico entre os nossos velocistas e deixou todo mundo animadíssimo com o potencial da nossa equipe do revezamento, com três atletas do Pinheiros.