Polo Aquático Feminino do Pinheiros fez história no Brasil Open no Rio

Uma conquista para Izabella Chiappini. A final do Brasil Open de Polo Aquático Feminino, disputado na piscina do Flamengo, no Rio de Janeiro, no dia 11 de agosto, talvez tenha sido um dos maiores feitos da história da equipe do E. C. Pinheiros. As jogadoras, vendo Iza na súmula, mas não podendo jogar por determinação médica, tiveram ainda mais motivação para ganhar o título.

Foi uma final justamente contra o adversário de maior rivalidade no momento em São Paulo, a Associação Bauruense de Desportes Aquáticos, a ABDA. Dias antes, em Ribeirão Preto, na final do Torneio de Rendimento do Sesi, o jogo, vencido pelo Pinheiros, não terminou como deveria.

Na primeira fase da competição, no Rio, no sistema de disputa um contra todos, o Pinheiros cruzou com a ABDA. Jogo amarrado, disputado, deu Azul e Preto por 1 gol (10×9), com três gols de Ana Beatriz. “Foi um jogo tenso, com as atletas receosas com os acontecimentos no Torneio de Rendimento do Sesi, uma semana antes, especialmente com o problema ocorrido com a Izabella Chaippini”, afirmou o técnico Ives Alonso.

Técnico Ives Alonso e Diana Abla – Foto: Divulgação/ ECP

Após passar pelo Sesi-Leopoldina (17×4), com sete gols de Ana Beatriz, 9×7 contra o Flamengo, com três gols de Ana Beatriz, mais 12×3 contra o Sesi, com quatro gols de Ana Beatriz, veio o grande dia, o da final. E contra a ABDA.

Mais uma vez, mostrando o bom entrosamento e jogando com garra e determinação, as meninas do técnico Ives Alonso não deixaram por menos: 14×7. Ana Beatriz, artilheira do Azul e Preto em todos os jogos, marcou quatro gols na final. Ela que agora defende a Universidade do Havaí.

Outra jogadora destaque no Rio, que confirma a boa fase da equipe, foi Gabriela Mantellato. “Com certeza a ausência da Iza na água fez a gente se unir ainda mais e nos mostrou que quando estamos unidas podemos fazer qualquer coisa pela vitória”, disse Gabi.

Outro destaque da equipe foi a goleira Thatiana Pregolini, dona de grandes defesas e liderança nos jogos. “Nossa atuação no Brasil Open foi reflexo do nosso trabalho no dia a dia em conjunto com a união do time na água. Estávamos sem uma jogadora importante no time, porém isso não nos abalou. Na realidade, jogamos mais unidas. Estávamos sólidas do começo ao final do campeonato, conseguindo assim atingir o lugar mais alto do pódio como era nosso objetivo”, disse Thaty, que também é goleira da Seleção Brasileira.

Goleira Thatiana Pregolini – Foto: Divulgação/ ECP

Ives Alonso, que está há cinco anos no comando da equipe, ganhou quatro títulos do Brasil. “Desde 2018 que sou o técnico e não perdemos um título. Não teve campeonato em 2020 devido à pandemia. O time jogou com muita vontade e fez bem o que fizemos na preparação”, analisou o treinador.

Agora, em fase de treinamento, o Pinheiros se prepara para os três jogos que restam na fase de classificação da Liga Nacional, primeiro contra o Sesi/Ribeirão, na piscina do Pinheiros, mais um jogo contra o Flamengo e ABDA para depois fazer o playoff final, no início de dezembro.

A equipe do adulto do Pinheiros, cinco vezes campeã do Brasil Open e comandada pelo cubano Ives Alonso: Thatiana Pregolini (goleira), Diana Abla, Sofia Barbosa, Luiza Bifone, Izabella Chiappini, Ana Beatriz Montelatto, Marcela Marrani, Lara Novacon, Melani Dias, Yasmin Ferraz, Nicole Arena, Gabriela Mantellato e Sophia Lima.