O jovem talento e o experiente atleta do Azul e Preto foram brilhantes na plataforma
Não poderia ter sido melhor a última rodada da Taça Brasil de Saltos Ornamentais para Jackson Rondinelli. E também para o pequeno talento chamado Ludmila Lacerda. O Olímpico no Rio 2016, o experiente saltador do Esporte Clube Pinheiros simplesmente arrasou, depois de ter vivido momentos de incertezas na modalidade. Inúmeras vezes pensou em desistir por lesões e um acidente. E Ludmila, aos 12 anos, foi ouro no Brasileiro Adulto (aberto).
Mas não faltaram os apoios de técnicos e do Pinheiros, clube que defende. E deu certo: neste sábado (2), na última rodada da competição, veio a recompensa: ouro na plataforma e uma certeza que ele vai continuar brilhando e saltando. E já pensando em retornar à Seleção Brasileira. E Lud, aos prestes a completar 13 anos, foi bicampeã brasileira na plataforma no Brasileiro Aberto, ela que ganhou em Fortaleza há um ano.
Jack, como é carinhosamente chamado pelos companheiros de equipe, travou uma batalha com João Felipe Margioto. Cada rodada dos saltos, aumentava a expectativa de quem levaria o ouro. E só foi decidido na última volta, com Rondinelli, que é primo do ex-zagueiro Rondinelli, o Deus da Raça, fez um salto perfeito. Na somatória, atingiu 337.00, menos de quatro pontos na frente de Margioto (334.50), que ficou com a prata.
Sorrindo sem parar, cumprimentado por adversários e companheiros de equipe, Jackson não esqueceu do trabalho realizado pela ex-técnica Fabiana Izumi e o agora trabalho que realiza o cubano Disnardo Borrero, o Dingo. E confirmou que está sendo um retorno da boa fase nos saltos ornamentais.
“É um retorno. Voltar depois de muito tempo e já fazia um tempinho que não tinha um pódio como esse, faz a gente sonhar em mais coisas”, disse Jack. Depois lembrou da chegada do cubano Dingo. “O trabalho stá reconstruído, com um técnico novo, e isso tem sido muito bom. Ele me pegou bem treinado pela Izumi, só foi dar uma lapidada”, disse.
Sobre a boa forma e o retorno à Seleção Brasileira, Jack foi convicto. “Estou sempre pronto. Tive muitos percalços com lesões, mas me superei. Estou chegando na minha melhor forma e minha história sempre foi de superação e quero continuar evoluindo e quem sabe voltar a defender o Brasil que sempre é um orgulho para mim”, finalizou o atleta de 30 anos (30 de maio de 1994).
No Brasileiro Juvenil, o Pinheiros teve vários destaques, entre os quais, Débora Ciocler, com duas de ouro, uma de prata e uma de bronze, além do troféu de melhor juvenil da competição. A outra foi Ketlen Calazans, com quatro medalhas de bronze – trampolim 3m, trampolim sincronizado de 3m, plataforma, plataforma sincronizado e dois quartos lugares – trampolim de 1m e sincronizado na plataforma.
Ludmila – Depois de ganhar três medalhas de ouro no Campeonato Brasileiro Infantil, na semana passada, Ludmila Lacerda foi inscrita mais uma vez na competição adulto e aberta. E, a exemplo do ano passado em Fortaleza, surpreendeu a todos e foi a campã, com 227.45, deixando a experiente Daniele Robles na segunda posição, com 214.25.
“Estou feliz e vou continuar treinando, buscando o meu melhor para um dia sonhar em disputar uma Olimpíada. Quem já sabe já em Los Angeles em 2028”, disse timidamente Ludmila Lacerd.
“Ela é muito talentosa. Fizemos o mesmo há um ano em Fortaleza e ela ganhou. A inscrevemos aqui em São Paulo e ganhou o bicampeonato”, vibrou a técnica Ana Paula Shalders, que treina Lud, junto com o marido Ale Ferrer.
O Pinheiros, que só teve Rondinelli e Ludmila no adulto, conquistando duas de ouro, ganhou o terceiro lugar por equipe na Taça Brasil Juvenil.