Keno Marley e Daxiang Chen. Foto: Rodolfo Vilela/rededoesporte.gov.br
Heróis improváveis protagonizaram o melhor do Brasil no quinto dia dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Ainda é cedo para comemorarmos medalhas no tênis feminino, no tiro com arco, na Ginástica Artística ou no boxe. Mas nunca é tarde para celebrar o esforço de atletas que passaram a preparação olímpica fora do noticiário e agora se aproximam de um lugar ao sol olímpico. Foram triunfos obtidos sem torcida, sem público e quase sem expectativa.
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Com uma vitória surpresa sobre as norte americanas, a dupla Laura Pigossi e Luíza Stefani, levaram o tênis brasileiro a primeira semifinal desde 1996 em Atlanta, quando Fernando Meligeni também foi semifinalista. As duas estão agora, a uma vitória, de uma medalha que não apareceu em nenhuma das previsões mais otimistas das previsões.
As duas derrotaram Bethanie Mattek-Sands e Jessica Pegula por 2 sets a 1, de virada, com parciais de 1/6, 6/3 e 10/6 em um tie-break gigante. A partida foi acompanhada por um total de 40 pessoas. Agora elas esperam pelas adversárias na semifinal. Uma vitória no próximo jogo garante a prata e mesmo com uma derrota, elas disputam o bronze e um lugar na história do tênis Brasileiro. Vale a torcida!
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A segunda surpresa do dia é mais tardia e menos surpreendente. Marcus D’Almeida, considerado um fenômeno no Tiro com Arco, antes dos jogos Rio 2016, começa a vingar em Tóquio-2020. A segunda vitória pelo placar de 7×1 sobre o representante da Holanda, deixa Marcus nas oitavas de final, resultado raríssimo na modalidade e com chances de medalha ainda vivas. E para quem não conhece muito o esporte dos antigos guerreiros, Marcus explicou com olhar de atleta como funciona a competição. “Cada flexa é um pênalti”.
No boxe, Keno Marley também assumiu o status de surpresa olímpica após a segunda vitória, com um nocaute sobre o representante da China, Daxiang Chen. Ele está nas quartas de final, a uma vitória da medalha de bronze. Sua próxima luta é contra o Britânico Benjamin Whittaker e como Keno segue na categoria “surpresa”, tudo é possível.
A quarta surpresa do dia, veio da ginástica artística, sem que uma atleta brasileira precisasse competir. A desistência de Simone Biles, a melhor ginasta do mundo, e favorita para uma coleção de medalhas em Tóquio, abriu as portas para que a brasileira Rebeca Andrade, possa sonhar com uma medalha dourada na final geral individual. Na fase de classificação, Rebeca ficou em segundo, atrás da norte americana, e por isso ela deixa de ser uma surpresa e vai para a primeira final olímpica entre as favoritas.
