Os resultados olímpicos foram cruéis com a nova geração de atletas do Pinheiros na Natação e no Judô, os esportes onde o Clube contribui com o maior número de representantes do Time Brasil. Quem conhece o esporte, porém sabe que que não se constroem campeões e não se conquistam medalhas sem investimentos de longo prazo. Tóquio 2020 representa um enorme aprendizado para Paris 2024.
Na troca de gerações no Judô e na Natação o ECP foi corajoso. Ousado até. Enquanto os mais velhos, como Rafael “Baby” Silva, esticaram a sua trajetória olímpica arriscando a própria reputação esportiva, jovens como Eduardo Yudi puderam enfrentar a sua primeira Olimpíada amparados pela experiência do colega de Clube.
Na Natação, onde a vida competitiva dos veteranos não dura tanto, a geração mais jovem foi sozinha para a água e mesmo assim trouxe resultados bastante importantes. A equipe do Brasil no revezamento 4 x 100 livres, com quatro pinheirenses – Breno Correia, Pedro Spajari, Gabriel Santos e Marcelo Chierighini- é um ótimo exemplo. Quem costuma enxergar o “copo meio vazio” vai logo pensando que o oitavo, último, lugar na final da prova é um resultado muito ruim. Já que vê o “copo meio cheio” perceberá a que experiência de uma Final Olímpica para atletas tão jovens vale tanto quanto uma medalha. Afinal de contas só os otimistas de ocasião, numerosíssimos na época dos Jogos, poderiam pensar que já era hora de pensar em medalha em um dos esportes mais praticados do mundo.
Os Jogos Olímpicos são uma competição universal que reúne os melhores atletas do Planeta e o investimento de nações poderosíssimas no esporte, como EUA, China, Japão e Austrália em um funil gigantesco por medalhas. Os jovens atletas que o Pinheiros classificou para os Jogos de Tóquio não devem explicações por resultados adversos. Foram ao Japão aprender após cinco anos de sacrifícios e um esforço sobre humano. Voltaram para casa com a mala cheia de experiências e planos muito concretos e positivos para Paris.
Foto: Breno Barros/rededoesporte.gov.br
